terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CONVERSA COM UM LIBERAL

Recentemente, deparei-me com os tão citados argumentos liberais, por deverás expostos, tanto em sala de aula, palestras e livros pelo professor Rev. Augustus Nicodemus.
Durante uma conversa com um adepto deste tipo de pensamento, pude observar em seus olhos, enquanto eu fazia a minha exposição, aquela implícita expressão: “pobre e ignorante fundamentalista”. Este por sua vez, exaltava-se em seus argumentos, contra-argumentava alegando que ignorar as evidências científicas seria dar atenção a “coisas de pastor” (ele não sabia que eu sou pastor).
Quando adentramos a questão dos milagres, justificou a sua posição alegando que estas ocorrências as quais nominamos de “milagres” nada mais foram do que “curas psíquicas” (estas aspas são minhas), pois Jesus assim proferira: “... a tua fé te curou”. É claro que para cada um dos milagres expostos havia uma pseudo justificativa científica, porém, a que mais me intrigou e motivou a escrever este artigo foi a de que Jesus podia não só “ver toda a estrutura molecular das coisas como manipulá-las” e, portanto, a justificativa para tais eventos. Neste momento quem passou a demonstrar a expressão fundamentalista no rosto fui eu. Nossa conversa foi interrompida, porém em minha mente, florescia o questionamento quanto a este tipo de reducionismo seletivista. Onde e com que autoridade decidimos o que é ou não milagre? Qual o pressuposto que tornaria a opinião do leitor inerrante? Se todos estes questionamentos e incoerências ainda não bastassem, em conversa com um colega sobre tais vislumbres, podemos enxergar a mística ficcionista de tais argumentos:
 Assim para as questões de ordem psíquicas, Jesus seria um destes modernos gurus da auto-ajuda e para as questões físico-químicas atuaria como um Neo (Matrix) capaz de enxergar a estrutura extra-sensível em seus códigos originais (claro que ao invés de códigos numéricos, estes seriam em aramaico) e assim atuar sobre todas as coisas.

Com certeza é preciso possuir mais fé para crer nestes desatinos pseudocientíficos do que nas Escrituras. Depois nós é que somos os fundamentalistas. Segue abaixo um texto adaptado de uma matéria extraída de um exemplar do jornal Brasil Presbiteriano da década de 1960, o qual entendo ser de extrema relevância para o contexto em questão.

PORQUE NÃO SOU LIBERAL...
(Uma Declaração Necessária aos nossos Dias)
Pb. Josué de Oliveira
... porque para ser liberal eu teria de admitir que pecado é um problema de consciência. Se a minha consciência estiver cauterizada eu já não terei uma noção exata do pecado e da pureza;
... porque o meu propósito e o meu compromisso com Deus é continuar fiel aos ensinos de Cristo e para ser liberal teria de renunciar o voto que fiz a Deus por ocasião da minha profissão de fé e de minha investidura ao presbiterato;
... porque para ser liberal eu terei que aceitar a teoria de que os fins justificam os meios e isto não é compatível com a honestidade cristã, muito menos com a Palavra de Deus;
... porque para ser liberal eu teria de coexistir com as trevas e Cristo pensa de modo diferente e ordena aos seus discípulos andarem na luz;
... porque o progresso espiritual entre os liberais é nulo;
... porque para ser liberal serei obrigado a amar o meu próximo apenas em função de uma razão romana - ecumênica;
... porque para ser liberal a verdade não terá para mim nenhum sentido e Cristo declara que ficarão de fora todos os que praticam a mentira. Eu desejo morar eternamente na mansão celestial;
... porque para ser liberal teria que colocar em evidência, em projeção e em destaque a minha pessoa e não a de Cristo;
... porque para ser liberal teria de fazer concessões em troca de apoio aos meus pontos de vista e eu sei que as concessões representam um perigo constante para a fé;
... porque para ser liberal eu teria de aceitar a idéia de oferecer aos meus filhos não uma Igreja Cristã, mas uma simples, caricatura da verdadeira Igreja de Cristo;
... porque para ser liberal terei de admitir que liberdade e libertinagem são a mesma coisa;
... porque para ser liberal terei que receber um rótulo de cristão e não o batismo real do Espírito Santo;
... porque para ser liberal eu precisaria palmilhar a estrada larga que conduz à perdição, mas prefiro a estrada estreita com todas as suas dificuldades, porque é essa que nos dará acesso às mansões celestiais onde viveremos na presença de Deus eternamente;
... porque para ser liberal terei de renunciar ao alto privilégio de pertencer ao rebanho de Cristo, porque ele mesmo declara: "... porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca."
Com amor e em Cristo Nosso Senhor e Salvador.

Alexsandro Sant’Anna.
http://alexsandrosantanna.blogspot.com

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